Rato do Campo, Rato da Cidade

 Esta fábula com 2500 anos, do pai das histórias , foi o pretexto de uma composição feita na primária em que eram pedidas duas listas em relação à cidade e ao campo, uma das "coisas boas" e outra das "coisas más" e desde então esta comparação ficou-me na cabeça.

Lembrei-me da história depois deste artigo impressionante no Guardian, que descreve o modo como lentamente muitos fogem da megalópole Atenas (5 milhões de pessoas!), transformada no cenário dos horrores previsíveis de um país em compressão económica a longo prazo.
Face às crescente dificuldades de vários tipos muitos preferem viver a sua recém-encontrada frugalidade num contexto onde ainda podem viver com alguma tranquilidade, como dramatiza o Rato do Campo no final da história:

"Este refinado modo de vida pode ser óptimo para todos os que o apreciam. Mas preferia ter uma crosta de pão em paz e segurança do que todas as coisas refinadas no meio de tanto alarme e terror".

Não faz sentido justificar uma mudança tão drástica pela fuga e receio mas talvez para muitos signifique a descoberta das virtudes de outro tipo de quotidiano.

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