Apontadores [XI] : Biodiversidade

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Já houve esturjões em Portugal
Será que podem regressar em breve? Podiam ser alvo da mesma iniciativa que:

A libertação de uma das espécies de peixe mais ameaçadas em Portugal

O ruivaco do Oeste é reforçado em Torres Vedras

Reino Unido vai criar corredor de flores para preservar abelhas
Este corredor poderia ser basicamente um pasto extensivo pensado para abastecer também abelhas

População mundial de abelhas está a ser “bombardeada” por série de ameaças
Entretanto provou-se que a telecomunicações wireless têm influência na navegação destas criaturas...

Menos caçadores, menos agricultura, mais animais
A paisagem muda novamente e há que procurar novos equilíbrios, como em Trás os Montes:

Veados estão a tornar-se numa praga para os agricultores de Montesinho
Veados vindos de Espanha ocupam o nicho ecológico dos herbívoros que não existia há séculos

Como se guardam 74 mil hectares de área protegida em Montesinho
Relato breve mas muito interessante sobre o quotidiano de dois vigilantes do Parque Natural

Abutres atacam rebanhos
Burocracia fútil impede que um programa de alimentação evite prejuízos na pecuária

Album [IX]: Man, goat, bicycle

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Os meus heróis.

Little Boxes

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@Aldoar, Porto (antes da urbanização) Um Pé no Porto e outro no Pedal


Inspirado por este post, inspirado por sua vez por este álbum, ou esta música, inspirado pelo tema do post. Ufa!

Ainda sobre o campo e a cidade e a perda da periferia fértil: acontece que 25 anos e um boom de construção depois as duas coisas são praticamente só uma , com os subúrbios a espalharem-se como um fluido pelos vales agrícolas perto das cidades e vilas, convertidas em áreas metropolitanas de povoamento contínuo.
Hoje não existem nem muitas cidades com a coesão que se atribuía antes ao termo e os solos agrícolas não têm maior inimigo que a tentação de dispôr sobre eles vastas e perdulárias redes de infraestruturas.

Restaram-nos os locais como aquele onde cresci e que são o pior de dois mundos: sem serviços e vida social de uma cidade, e sem o estilo de vida ao ar livre e diverso do campo, preso ao carro ou preso a casa.
Fica-se a querer ter tido a experiência de viver num lugar para se invejar o outro, o que é mais fácil de resolver do que a pretensão de ter os dois, que tenho agora!

Hortas Comunitárias em Portugal [IX] : Hortas "Urbanas" de Ponte de Lima

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@CM Ponte de Lima


Génese:
Ocupação de um terreno camarário numa zona RAN próxima da cidade, por iniciativa do Serviço da Área Protegida das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro de Arcos, em 2009.

Área / Nº de participantes:
 36 talhões de 40m2, num total de 1500m que está totalmente ocupado.

Objectivos:
Lazer pela prática e aprendizagem da horticultura, prática da compostagem doméstica.


Ligações:
Anúncio Oficial, Notícia 1, Notícia 2

Notas:
Trata-se de mais um projecto com objectivos de lazer e educativos promovido por uma Câmara. Por uma questão de mero rigor a zona da implantação é totalmente agrícola, dadas as dimensões da cidade de Ponte de Lima e a sua interacção imediata com este tipo de envolvente, o que permitiria ao projecto autonomizar-se um pouco face à agricultura urbana e ser mais ambicioso na sua abrangência. De destacar as excelentes condições dadas aos utentes, com vedação, ponto de água, armazém e ferramentas.

Rato do Campo, Rato da Cidade

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 Esta fábula com 2500 anos, do pai das histórias , foi o pretexto de uma composição feita na primária em que eram pedidas duas listas em relação à cidade e ao campo, uma das "coisas boas" e outra das "coisas más" e desde então esta comparação ficou-me na cabeça.

Lembrei-me da história depois deste artigo impressionante no Guardian, que descreve o modo como lentamente muitos fogem da megalópole Atenas (5 milhões de pessoas!), transformada no cenário dos horrores previsíveis de um país em compressão económica a longo prazo.
Face às crescente dificuldades de vários tipos muitos preferem viver a sua recém-encontrada frugalidade num contexto onde ainda podem viver com alguma tranquilidade, como dramatiza o Rato do Campo no final da história:

"Este refinado modo de vida pode ser óptimo para todos os que o apreciam. Mas preferia ter uma crosta de pão em paz e segurança do que todas as coisas refinadas no meio de tanto alarme e terror".

Não faz sentido justificar uma mudança tão drástica pela fuga e receio mas talvez para muitos signifique a descoberta das virtudes de outro tipo de quotidiano.

Se escolhesse agora uma Universidade...

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@landinstitute

Album [VIII]: Colecção Ernst Benary

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Não sei porque escolhi estas ilustrações e não outras quaisquer da mesma colecção, isto porque são todas espectaculares.

Hortas Comunitárias em Portugal [VIII] : Hortas Sociais de Santarém

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@oribatejo

Génese:
Reaproveitamento de jardim da Escola Prática de Cavalaria, no âmbito de um projecto social para desempregados e apoiado por instituições locais, como a Escola Agrícola, Escola Superior de Educação e empresas de jardinagem.

Área / Nº de participantes:
 5 talhões de 50m2 (?), distribuídos por 5 famílias, mais um pequeno pomar comum. Outro terreno em preparação (?).

Objectivos:
Proporcionar a aquisição de novas competências profissionais, no âmbito da agricultura tradicional e promover a auto-subsistência, através de produtos hortícolas.


Ligações:
Anúncio Oficial, Reportagem Vídeo


Notas:
Um projecto de dimensões diminutas mas entendido como acção-piloto. Iniciativa da Acção Social e não do pelouro do ambiente e por isso um pouco mais marginal na capacidade de promoção de novos espaços públicos e do lazer e educação.
Ideia interessante de complemento alimentar a famílias carenciadas mas área disponível manifestamente insuficiente para participação muito significativa no orçamento familiar (apenas 50m2 de hortícolas).

Truísmos [XI]

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(escutado nesta reportagem sobre dependência alimentar e a PAC)


"(...) Nessa altura falei com um senhor que trabalhava no tribunal e ele disse-me assim: não devia produzir mais hortaliças, que eles dão-lhe dinheiro para não produzir. Eu respondi-lhe: "Meu amigo, ninguém dá nada a ninguém!" Tinha razão ou não tinha !?"

TV Rural [XII] : Estado da Arte

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A última Grande Reportagem da SIC conseguiu um ponto de situação bastante completo, para uma síntese de 35 minutos. É um retrato muito simples e muito acessível dos vários tipos de desafios que nos enfrentam.

"A gente só se lembra de Santa Bárbara, quando ronca a trovoada"

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As trovoadas despertam algum receio primário em todos os animais que vivem acima da superfície da água, mesmo os humanos, que criam padroeiras para a sua protecção.
Mas considerando o papel que desempenham os relâmpagos na fertilização do solo, os agricultores se calhar deveriam optar pelo paganismo e venerar Zeus ou Thor, por um motivo que desconhecia até há pouco.

Um dos nutrientes essenciais para o crescimento das plantas é o Nitrogénio, que é o principal constituinte gasoso da nossa atmosfera mas que para ser absorvido pelas plantas e fixado no solo tem que sofrer um processo de conversão.
Pois os relâmpagos conseguem esta transformação instantaneamente, fornecendo nitratos prontos a usar ao solo a cada descarga.

Cada tempestade fornece somente alguns escassos quilos de fertilizante ao solo por hectare e por ano mas este é um processo cumulativo que decorre há muitas centenas de milhares de anos, tendo provavelmente sido a principal fonte de nitrogénio numa fase inicial, até algumas plantas desenvolverem uma relação simbiótica com microorganismos nas suas raízes que absorvem o nitrogénio atmosférico.

Aquilo que parece uma agressão vinda de cima é na verdade uma generosa oferta de vida aos solos.

Apontadores [X] : "Não há tão ruim terra, que não tenha alguma virtude"

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Governo investe 700 milhões de euros para actualizar cadastro das propriedades

"Quando for impossível descobrir os proprietários, os terrenos ficam para o Estado.Na verdade, acrescentou, Portugal é praticamente um caso único na Europa por ter tantas propriedades sem dono."

"A Fenafloresta pergunta “como é possível ainda estarmos numa fase experimental” e se “durante dois anos iremos cadastrar sete concelhos de 308”."
Agricultores reclamam apoio 'para quem trabalha a terra' 

"A CNA, que representa as pequenas explorações familiares, sustenta que a «desastrosa situação da lavoura e do mundo rural português» se deve às «más políticas agrícolas e de mercados» dos Governos das últimas três décadas."
Portugal tem 2 milhões de hectares de terra abandonados 

"A questão agrícola deve passar a fazer parte dos interesses dos autarcas nos próximos instrumentos de planeamento. O paradigma da globalização vai mudar, os mercados locais e regionais vão ter cada vez mais importância"

Desertificação e aridez dos solos atinge mais de 60 por cento do território continental  

“Na última década, as áreas desertificadas no nosso país aumentaram para o dobro, ou seja passámos de 32 por cento de área desertificada e árida para mais de 60 por cento”

Menos 390.000 hectares de área agrícola


"O abandono da actividade e encerramento de explorações não são a única explicação para este decréscimo. O secretário-geral da CAP, Luís Mira, aponta a construção de estradas, barragens e o alargamento dos perímetros urbanos como factores decisivos nesta contabilidade."
 
 
“Nesta altura Portugal necessita criar mais riqueza interna. Estes terrenos comunitários [baldios] podem fazê-lo, sendo criadas condições para criar mais e melhor floresta”

Truísmos [X]

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"Plantar algo é bem mais fácil do que mondar, e se tiveres plantas suficientes então nunca haverá espaço para ervas daninhas."
 
Bill Mollison 
 
Esta verdade de La Palisse soa de facto à coisa mais óbvia do mundo, mas demorei 2 anos e várias "colheitas" de ervas daninhas, feitas durante várias horas, até a levar mesmo a sério. 
Vale a pena gastar o estrume extra numa grande densidade de culturas para poupar não só tempo como água e ter mais rentabilidade de pouco espaço.

Album [VII]: Voynich

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O bizarro manuscrito Voynich do século XV é um dos velhos favoritos da internet, consistindo numa súmula de pequenos tratados científicos escritos numa língua desconhecida e alvo das mais variadas especulações.
Inclui uma secção de farmacopeia , com plantas totalmente inventadas ou baseadas em espécies existentes, recomendando receitas de propósito desconhecido.