Album [XX] : Europe's Wild Men

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Trajes pagãos na Europa Contemporânea





Fui aprender a um sítio bonito e agora estou de volta para tentar criar outro

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Este fim-de-semana e no Feriado

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TV Rural [XX] : Algumas Reportagens em Portugal

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"Os novos Agricultores"
Com o Pedro Rocha da Raízes, cujos produtos podem provar também na Casa da Horta (visitem-nos em Gaia e no Porto, tudo malta excelente!)

"A Agricultura em Portugal"
Um breve panorama geral da produção agrícola em Portugal, importante escutar a Maria António Figueiredo, que tem feito um excelente trabalho no OMAIAA

"O Mel em Portugal"
Mais um pequeno retrato da produção apícola no país, que irá nos próximos anos conhecer algum crescimento com a geração Proder, ver por exemplo as colmeias tradicionais feitas pela Timberbee

"Famílias Portuguesas Regressam ao Campo"
Mais uma reportagem leve com a intenção de focar mais o aspecto de mudança de rotina do que dar um retrato do chamado regresso ao "campo", que ainda é estatísticamente irrisório apesar do mediatismo

"De Sol a Sol"
Herdeiro do mítico TV Rural, um programa que foca tematicamente e com algum interesse um tema específico em cada episódio

"Celestino Santos deixou carreira como repórter fotográfico e tornou-se criador de galinhas"
Conheci o Tino, produtor de ovos biológico e dono da empresa Ganda Pinta, no meu último anfitrião WWOOF. Os ovos dele podem ser comprados no Mercado da Ribeira em Lisboa na loja do Freixo do Meio.

Um debate interessante sobre os mitos e realidades acerca das oportunidades e potencial da agricultura

Truísmos [XX]

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"The less I needed, the better I felt"

Charles Bukowski "Let it unfold you"

(de assinalar que poucas pessoas serão menos bucólicas que o CB, mas em vez de uma das milhares de imagens dele a beber escolhi esta num raro acto de jardinagem (?) por motivos manifestamente contextuais)

Apontadores [XIX] : Consumo Cooperativo

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Voltámos ao tempo das trocas sem dinheiro
A Rede Barter  organiza trocas de serviços entre empresas através de um sistema de créditos, sem dinheiro, mais uma tipologia de partilha de recursos que não conhecia

Este supermercado é gerido por votação e os clientes também são donos
Uma cooperativa de consumo da Marinha Grande que paga sempre acima do ordenado mínimo, sem horários esmagadores e ainda apoia os produtos nacionais com preços comparáveis aos dos hipers

The People's Supermarket: where even the smell of baking bread is genuine
Neste supermercado os membros são também donos, pagam a mensalidade com trabalho no supermercado, não vendem produtos que não sejam locais ou saudáveis, não desperdiçam nenhum produto e têm um restaurante cooperativo

Cooperativa comunitária: nos Estados Unidos, apostar em produtos locais compensa
Este é um modelo há muito comum em vários países e que vai aparecendo em Portugal, a eliminação de intermediários torna mais competitivos produtos de alto valor acrescentado

Co-operative Businesses Are Booming in Tough Times
As dificuldades inerentes a crises económicas, somadas à facilidade que as pessoas têm em associá-las aos seus verdadeiros responsáveis, levam a uma oportunidade para os negócios baseados na comunidade

Entrepreneurs of cooperation
A espantosa história de como as cooperativas de consumo sustentaram comunidades inteiras durante a grande depressão e foram depois ilegalizadas ou impedidas de operar por causa de pressões políticas durante a Guerra Fria. Não é preciso reinventar a roda!

To Build a Community Economy, Start With Solidarity

A soliedariedade é algo muito diferente da caridade. Uma é horizontal, a outra é vertical. Importa imbuír todos os serviços de espírito solidário, perdido durante as últimas décadas para o consumismo e individualismo, que agora se revela auto-destrutivo.

Habemus Ager!

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Após meses de procura, negociação e muita espera tenho o meu próprio espaço, graças também à generosidade e abertura de quem o cede.
Estou tão contente como aterrorizado, mas espero que nos próximos anos consiga materializar muito do potencial que vejo neste lugar e algumas das coisas que defendo em relação a alimentação, agricultura e comunidade. Vou procurar colocar aqui o progresso das coisas.

Inspirar, expirar e mãos à obra!

Encontrar Terra

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Tendo crescido num subúrbio no seio de uma família sem qualquer ligação ao mundo rural, o que é relativamente raro em Portugal, encontrar um lugar tornou-se incrivelmente difícil, apesar de por todo o lado ver solo agrícola subaproveitado ou mesmo não utilizado que parecia troçar da minha condição de desterrado, que está prestes a alterar-se.

Como algumas pessoas devem de certeza passar pelo mesmo, deixo algumas dicas, tendo em conta a salvaguarda de existirem imensas especificações para cada situação. No meu caso procurei no Minho, no mínimo um hectare contíguo numa região onde domina o minifúndio, e o objectivo era arrendar.

Alguns critérios para definir as zonas a escolher:

- Definir as necessidades gerais em termos de características de área e endafoclimáticas para as culturas escolhidas, em termos de altitude, pluviosidade, composição geral dos solos da região, entre outras
- Determinar que áreas são logisticamente mais viáveis e que estão próximas de pontos onde posso publicitar e vender os meus produtos e/ou onde existe um mercado local próximo que absorva os produtos e serviços (neste caso entrepostos e cooperativas agrícolas e uma cidade por perto)
- Encontrar locais onde já sejam produzidas culturas idênticas ao que pretendo produzir e onde existe apoio técnico e material ao tipo de actividade que quero desenvolver
- Encontrar que áreas têm aspectos interessantes do ponto de vista da valorização da produção, como produtos DOP ou IGP que interessem, se são áreas identificadas com dada produção de qualidade ou consideradas como Zonas Desfavorecidas (para âmbito de candidatura a apoios).
- Definir que valores se podem pagar pelo arrendamento (ou compra, se for o caso) e que atenuantes podem valorizar mais ou menos dado local, como despesas quotidianas de deslocação e habitação
- Definir que locais são interessantes para desenvolver a vida quotidiana local

Ser proactivo:

- Coloquei anúncios em papéis A5 com o que procurava e contacto em cooperativas, juntas de freguesia e cafés junto das áreas que me agradaram. Tive muitas chamadas interessantes mas por acaso não encontrei desta forma
- Circulando bastante e com os olhos abertos por toda a região de interesse, ao encontrar um local possível procurar o proprietário através dos vizinhos. "Melgar" sem descanso até obter uma resposta concreta, sendo totalmente transparente e assertivo com os objectivos
- Recorrer a pessoas que conheçam muitos proprietários numa região, como são os engenheiros da cooperativa ou que façam projectos de investimento na zona, as pessoas que normalmente fazem limpezas de terrenos (normalmente feitos por propietários ausentes de quintas) ou outros.
- Não rejeitar à partida possibilidades oferecidas por amigos de amigos ou familiares distantes que têm propriedades na família ou desafiá-los a utilizar esses espaços produtivamente.
- Apesar de serem raros, averiguar se o concelho da área de interesse tem uma iniciativa de Bolsa de Terras
- As imobiliárias NÃO são um bom meio de encontrar terrenos agrícolas a preços verosímeis, mas não custa ver um site agregador de ofertas para ver se existe algo


Problemas mais comuns são normalmente porque o proprietário:

- Não quer arrendar porque considera que "fica depois sem o terreno", porque "você depois nunca mais sai"
- Vai arrendando informalmente mas não quer assinar qualquer contrato
- Quer um valor irrealista para a renda ou não admite um prazo razoável (o mínimo legal são 7 anos)
- Não tem o imóvel em situação regular ou está a meio de um processo de partilhas
- Não se sabe sequer quem é o proprietário legal ou onde se encontra (muitas vezes emigrado)

As soluções possíveis são:

- Demonstrar que um contrato de arrendamento protege ambas as partes
- Que não faz sentido arrendar sem rentabilizar e o valor das rendas está tabelado (no meu caso a  média pedida, para condições muito variadas, foi de 500€/ha/ano)
- Há que verificar dívidas, descrição e proprietário nas Finanças antes de qualquer compromisso
- Alegar que tirar algum rendimento e manter o terreno limpo e vedado já é um "lucro" do arrendamento


Boa caçada!

Ohrwurm [VI]

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Waldenomania [XI] : Ficção científica, ficção bucólica

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Alguns filmes de ficção científica, como o Minority Report (acima, onde a Samantha Morton parece estar a dar o dedo ao futuro com a sua leitura analógica) partem sempre de uma esmagadora distopia urbana ultra tecnológica onde invarivelmente se desencadeiam os conflitos morais necessários ao enredo, para irem terminar numa fantasia de fuga invariavelmente caracterizada por um isolamento num ambiente "natural" ou agrícola.

Esta é uma fantasia literalmente no caso do Brazil (acima) ou (talvez?) do Blade Runner (abaixo, versão do Director's Cut) em que uma ruralidade redentora aguarda os protagonistas no termo das suas provas, para um resto de vida descontaminante. No Brazil é uma bela mentira para reforçar o destino inexorável e tragicómico que é o tom do filme. No último caso esta dicotomia moral demasiado evidente e redutora talvez esteja na base da decisão de remover este final tentador.