A fartura de Agosto dá uma preguiça para fazer posts...

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Admito que em relação ao conhecimento das artes rurais tradicionais o meu interesse pessoal surge menos da importância patrimonial e etnográfica do que da admiração em relação à capacidade pessoal de produzir de raiz.

Por este motivo invejo menos quem Sabe Fazer pelo facto de ser ter tornado, pela passagem do tempo, numa veneranda personagem do museu vivo da nossa cultura, do que pelo facto de que quem consegue criar com as mãos objectos essenciais para o quotidiano é dono/a de um poder pessoal que imuniza face a técnicas de massificação que supostamente tornam obsoleto tal conhecimento.

Um destes casos é a produção do Linho, que testemunhei em pleno Minho, com ajuda do Grupo Folclórico da Corredoura, que permitem que se faça mais do que assistir e se possa (com a minha gratidão) durante algumas horas participar na colheita desta herbácea.
Esta visita coincidiu oportunamente com uma altura em que me apercebi que foram outrora importantes para o sucesso de muitas comunidades agrícolas não só as boas colheitas de cereais e forragem como a produção de plantas têxteis, sobretudo o Linho mas também o Canhâmo.

Testemunhar isto é um dos motivos pelos quais tenho a sorte de por vezes acompanhar a Alice nas muitas recolhas que já fez da produção de objectos com as mãos, esperando ansiosamente pelas muitas outras que decorrem ou que estão agendadas.

"O Linhal" no Saber Fazer