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Não existe maior aliado dos agricultores do que as abelhas, ás quais estes insistem também em roubar anualmente o tesouro culinário, terapêutico e utilitário que produzem.
Por causa disto é inevitável a admiração e a necessidade de aprender a arte de as roubar e preservar, porque apesar dos serviços cruciais que oferece ao Homem este conhecimento vai recuando.

Alertado inicialmente por este vídeo do TED sobre as ameaças enfrentadas pelas colónias (com várias frentes) também fiquei a saber da estranhamente semelhante personalidade dos apicultores, que constatei ao procurar por quem me iniciasse, sem o ter conseguido.

Os apicultores têm muito gosto em partilhar informação e ver reconhecido o valor do seu trabalho, mas muitas reservas quanto a transmitir conhecimentos de forma prática, e as associações profissionais não estão suficientemente activas na formação de novos apicultores. Muitos são já idosos ou receiam o flagelo cada vez mais comum do roubo de colmeias, pelo que se tornam mais reservados.
Felizmente existe esta excelente excepção, de um apicultor que partilha bastantes pormenores e curiosidades do quotidiano da actividade mas através do seu blogue.

Mas eis que acaba a espera - a Casa da Horta no Porto, e a Paredes em Transição organizam cursos práticos de apicultura especialmente direccionados para quem vai definitivamente começar esta prática. Estou com vontade de que a pilhagem às pobres abelhas dure várias décadas, a partir de Junho deste ano. Entretanto, é melhor não me esquecer de uma das primeiras dicas que recebi: nada de braguilhas de botões, é que "se elas puderem entrar então entram de certeza". Dito sem nenhum sorriso ou indício de piada. Gulp.

(para fechar, via Luís)

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