Album [XVII] - Aqui cozinha-se

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Como mover penedos

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Cachenas a pastar junto ao rio Vez







Fui há tempos fazer um percurso de 3 dias à Peneda. Num café numa das etapas a curiosidade mútua levou a que me perguntassem o que estava lá a fazer sozinho e a que eu depois perguntasse sobre o uso que se ainda dava às Brandas porque muitas estavam visivelmente ocupadas. Acontece que lá vão vivendo com os apoios ao gado Barrosão, Cachena e Churra mas é quase tudo para auto-consumo oficial ou não-oficial (ou seja,  redução de efectivo para "auto-consumo" dos restaurantes locais).
A conversa lá vai inevitavelmente para os velhotes isolados - a aldeia seguinte, com 53 pessoas, está a duas fatalidades masculinas de ser uma comunidade matriarcal porque os homens inevitavelmente se gastam mais rápido e vão indo à frente.

Um dos homens do café, como o Clark Kent a abrir a camisa, de repente diz - "olhe, eu sou o Presidente da Junta daqui". Depois explica, com o café só com a senhora a lavar as chávenas (que é de outra freguesia), que daqui a 20 anos a freguesia em que estamos quase não existe - todos (todas?) passaram já o limite estatístico da esperança média de vida.
A mania de maçarico ingénuo que quer ter um projecto agrícola causa depois a habitual sequência de surpresa, cepticismo e troça mas conclui o sr. presidente - com razão- que não há um movimento desse tipo com escala suficiente para ocupar aquele território da mesma forma ou com a mesma intensidade de outrora, nem mesmo com a ajuda do turismo. Fica assim implícito um retorno de grande parte daquela paisagem a uma colonização florestal mais ou menos espontânea que não existe nalguns locais há séculos ou mesmo milénios.
A única esperança daquele sítio, continua, era de que os filhos emigrados das pessoas que lá estão, agora perto da idade de reforma, se aposentassem naquele local. Vendo as famílias luso-francesas que passaram naquele café pouco tempo antes, com netos/bisnetos loirinhos que já só falam a língua materna, custa-me muito a acreditar que alguma vez ficassem nas montanhas longe dos filhos e de um estilo de vida que lhes custou muito a atingir.

Ao ir embora dias depois ia vendo a cena recorrente desta região (na imagem acima), em que os solos profundos junto aos rios, outrora reservados nessa altura para culturas mais exigentes e valiosas, são transformados em pastos durante o ano todo porque, fora o vinho verde, já é a única produção compensatória que resta. Como não posso competir com este "arrendamento verbal" para gado que é renovado ano a ano, com a minha necessidade de ter papéis para concessão a 10-15 anos para culturas perenes parece que é cada vez mais esta a direcção da zona até que se mudem as atitudes e se apostem nas culturas agro-florestais aptas aos solos férteis e clima desta região e em atrair outras pessoas para além dos retornados francófonos.

Waldenomania [IX]

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(Heaven's Gate), com banda sonora


Apontadores [XVII] : Ver os Gregos

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With Work Scarce in Athens, Greeks Go Back to the Land 
 Emigrar ou suar para conseguir entrar em mercados de exportação muito competitivos. Não acho que existam certezas de redenção rural nem que o desespero seja bom motivador, mas é uma tentativa tão boa como qualquer outra.

Golden Dawn far-right party give out food to Greek nationals only

O que o desespero gera de certeza é o oportunismo que utiliza o acesso a alimentos e a caridade como arma política e ferramenta de divisão da sociedade por motivos que não têm a ver com as causas da fome.

Greek farmers rent patches of land to citydwellers in scheme to combat crisis
A compra directa ao produtor por "acções" emerge num esquema que existe no norte da Europa e EUA há décadas: consumidor financia agricultor com pré-compra de alimentos para dada época, a ser fornecida posteriormente. Ambos poupam bastante tempo e dinheiro e reduzem desperdício.

Greek crisis: social enterprise is one answer to economic strife
Apagar fogos reais para apagar fogos sociais e outras ideias pragmáticas e viáveis no curto prazo para combater a crise, enquanto que em Portugal organizamos o enésimo workshop/conferência/bolsa de ideias para projectos de pesquisa de potenciais acções de economia social/criativa/ambiental.

Greece's cut-price potato movement shows Greeks chipping in
Para proteger margens mínimas os supermercados cartelizam preços de alimentos essenciais, em resposta pessoas que por causa da "falta de conforto" nunca comprariam fora dos hipers passam a recorrer à compra em quantidade ao produtor na traseira da carrinha. São batatas de protesto político.

Ordinary Greeks are taking matters into their own hands
Como os impostos vão sobretudo para pagar juros e as companhias de bens essenciais estão privatizadas basta um pequeno rastilho para que qualquer cidadão se sinta no direito de roubar água, electricidade e fugir a declarações de renda, muitas vezes com cumplicidade do poder local.

Young Greeks Create Self-reliant Island Society
Tudo o que sei deste tipo de eco-aldeias põe-me bastante céptico quanto à sua viabilidade, mas não se pode ignorar o apelo dos benefícios de partilhar os recursos que encarecem imediatamente em tempos de crise, como habitação, alimentação e transporte. Há muitas formas de o fazer.

Ohrwurm [IV]

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Ratinho por uns tempos [II]

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A sala dos Märkl é um museu durante quase 6 meses, desde a época de reprodução das suas 120 cabras Saanen até à quebra no leite que acompanha a chegada do tempo frio. No Verão só tenho alguns minutos para passar por este local de hibernação à hora do almoço e ler os títulos dos livros porque para o sortudo do aprendiz voluntário o dia começa às 7 e acaba às 11 e meia da noite. Para os dois ocupantes permanentes da quinta começa às 5 e acaba perto da 1 da manhã. O voluntário tentou durante dois dias acompanhar o ritmo dos anfitriões e fracassou espectacularmente, parando para evitar que, distraído pelo cansaço ficasse sem um dedo ou, pior, uma das cabras dos anfitriões.

Como todos os trabalhos são duros e rápidos não há espaço para pensar no cansaço ou ir à boleia do seu atrito mental. Estar concentrado evita acidentes por isso nem a enorme monotonia das funções é capaz de quebrar um ritmo mais próximo de um trabalho fabril do que da expectativa bucólica.
Emerge logo um ritmo de tarefas repetidas todos dias: ordenhar; alimentar porcos e galinhas; fazer pequeno-almoço; tratar da horta; tratar do pomar; ordenhar novamente: levar cabras ao pasto; alimentar animais; fazer queijo; lavar queijaria e sala de ordenha; cortar lenha; cozinhar; lavar louça e casa.
A estas somam-se as tarefas alternadas a cada dois dias: roçar mato para cama de gado; fazer a cama do gado; ceifar milho para gado; fazer manteiga ou requeijão; matar animal para próximas refeições, etc, etc.
Quando estive na quinta não realizei nenhuma das tarefas que acompanham o fim dos ciclos produtivos ou estações: matança dos porcos; fazer vinho; salgar carne; ir às compras (uma vez por ano); fazer conservas, entre muitas outras que ficam por aprender.

Num dos dias, em cima do monte de milho ceifado, quase a cair para o lado do tractor e a tornar-me um obituário típico do JN o M. pára a geringonça e cumprimenta um vizinho nativo. Este pergunta se sou português e fica negativamente surpreendido - aparentemente os wwoofers de países ricos fazem isto para fortalecer o carácter enquanto que o português, coitado, deve estar cá para comer um pouco de sopa. "Já vi como eles vivem, vocês são como os Ratinhos!". Ele já conhecia o colchão de rama de ervilha por trás da queijaria onde faço o ninho à noite debaixo da lâmpada mais coberta de traças que já vi. Podia ser do quotidiano mas a intermitência do voo dos insectos naquela pequena divisão provoca um enorme e bem-vindo estado de sonolência.

Ratinho por uns tempos [I]

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Quando cheguei à quinta dos Märkl (coitados, pronuncia-se "Merkel") a maior parte do meu entusiasmo com o WWOOFing tinha sido substituído pelo receio mais básico que aparece quando me apercebo de que estou numa área bastante remota e pouco povoada do país e que se desaparecesse nunca ninguém saberia onde ou com quem estava.

Sair sem ninguém saber para onde nem para o quê é provavelmente a estratégia errada para experiências uma vez que se tratava provavelmente do ponto da minha vida onde não via grandes razões para confiar noutras pessoas. Por isso, mudar-me durante umas semanas para uma quinta que se anunciava "orgulhosamente só" nos seus 90% (!?) de auto-suficiência parecia tudo menos a reacção mais óbvia ou recomendável.

Cinco minutos depois de chegar já sabia que não havia grande tempo para tretas deste tipo, "é Verão e trabalha-se 14 horas por dia", por isso no mesmo gesto que os cumprimentos passaram-me um estojo de facas para a mão, pousaram-me o saco na sala e fomos matar o cabrito que nos tinha acolhido aos saltitões de alegria momentos atrás. Nunca tinha morto realmente nada maior do que uma unha e procurei ter o máximo de sangue frio para a rapidez do processo mas é complicado emular a eficiência e impassividade do T., o filho do outro anfitrião e proprietário, o M., quando cravou um espigão na nuca "para anestesiar" e depois rapidamente me explicou como degolar o animal enquanto o segurava, ignorando o facto de eu estar ainda atónito com esta imersão repentina no ciclo de vida e de morte da quinta.

Ao ajudá-lo a preparar a carcaça para o entregar a um cliente no dia seguinte o T. informa-me que a reentrância de cimento no alpendre onde estávamos a enganchar o ex-carneiro, totalmente aberta para a paisagem, era também o único duche. Seria eu a limpá-lo nessa noite, ao tomar banho com a água aquecida a lenha, que depois carregaria e içaria para um bidão de gasolina vazio e furado por baixo, limpando assim o chão empapado de sangue. A parte difícil é na verdade segurar a lanterna de campismo com a boca para não estar às escuras, mas mesmo com os pés pastosos e cor-de-rosa estar ali exposto às estrelas é uma experiência de humildade e uma distracção muito bem vinda, uma vez que todos problemas se reduzem à mesma proporção que a fragilidade do corpo ao relento. E depois desaparecem por um momento.

Tempo de Estio

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O Verão agora terminado foi tempo de seca e de perdas mas também de levantar de ilusões e idealismos. A transformação inevitável que daí resulta só traduz a noção de que dependemos apenas de nós próprios neste mundo e que poucas coisas controlamos ou podemos planear. Eis que os lugares-comuns revelam o seu fundo de verdade...
Não ter nada a perder elimina todas as desculpas para não se descobrir o que se quer verdadeiramente e arriscar sozinho uma hipótese de o agarrar.

Por isso nos últimos meses foi preciso ocupar a mente, o corpo e as mãos a tempo inteiro para aprender, experimentar outras formas de vida e viajar. Acabou o Verão mas começa outra procura. Mãos à obra.

21 de Junho

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Arcimboldo "Verão"

Album [XVI] : Aqui vive gente

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Uma Jangada

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Aniquiladas as fundações é difícil erguer seja o que for. E assim muda esta procura, da construção de algo com raízes sólidas e que se projecta no tempo porque quer crescer, para uma jangada que terá que servir um dia de cada vez.
Agora com o tempo aprendo não só a trabalhar com o mundo espantoso que nos foi generosamente oferecido e a saber fazê-lo da melhor maneira possível mas também a reconstituir por dentro a outra jangada que sempre me impediu de ir à deriva e que tomei como garantida.

7 pontos para a instalação de jovens agricultores

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O Eng. José Martino tem mais um interessante artigo no seu blogue

Perguntam-me muitas vezes: qual a estratégia que devo fazer para me instalar como jovem empresário agrícola?
A minha resposta é a seguinte:

1 - Fazer o levantamento das atividades agrícolas que podem ser mais interessantes.
2 - Organizar um plano de visitas a explorações e organizações de comercialização, nacionais e estrangeiras, com o objetivo de recolher o máximo de informações (elaborar um guião de perguntas e pontos a validar. elaborar um relatório de cada visita) para decisão sobre as atividades a eleger (entre uma a duas).
3 - Rever e atualizar o plano de trabalhos de quinze em quinze dias até chegar ao objetivo final: Tomar a decisão sobre as atividades a investir tendo em conta o perfil do empresário, a sua maior ou menor intensidade em capital, acompanhamento no campo, mão de obra, etc. Recomendo que escolham atividades que tenham em conta a vocação do empresário, aquelas que lhe geram paixão, que têm a ver com o seu perfil pessoal.


4 - Elaborar o plano de negócio. Definir com rigor os capitais próprios ou alheios necessários ao investimento e exploração até se tornar positiva a conta de tesouraria
5 -  Apresentar a candidatura ao ProDeR para captar os incentivos de primeira instalação de jovens agricultores
6 - Estagiar
7 - Com as ajudas do ProDeR contratadas avançar para o investimento

Ohrwurm [III]

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Please let me taste the clean dirt in my lungs
And moss on my back

Truísmos [XVII]: Era só um sonho

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"O sonho é a pior das cocaínas, porque é a mais natural de todas. Assim se insinua nos hábitos com a facilidade que uma das outras não tem, se prova sem se querer, como um veneno dado. Não dói, não descora, não abate – mas a alma que dele usa fica incurável, porque não há maneira de se separar do seu veneno, que é ela mesma."


Fernando Pessoa

As mãos tornadas visíveis

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Todos os objectos têm uma vida secreta por causa da distância que existe hoje entre a sua produção e o seu uso ou consumo final, mas se no caso da produção industrial convencional os bastidores impressionam pela sua escala e complexidade logística no caso da produção manual somos surpreendidos pelo esforço, tempo e grau de conhecimento acumulado que lhe são intrínsecos.
É por isso que não conhecer o processo e os seus protagonistas no caso do trabalho manual é não conhecer totalmente o objecto e fatalmente não lhe atribuir o valor que tem, que merece reconhecimento.

No meio de tantas iniciativas, seminários, projectos, acordos de cooperação e afins para dinamizar as "indústrias criativas" e o "design nacional" surge sempre a frustração por não se verem os resultados concretos de tudo isto e a materialização destes esforços mais ou menos consequentes.

Felizmente existem as excepções que mostram os ciclos que ligam a produção das matérias-primas da paisagem até à produção manual de objectos, objectivo do projecto Saber Fazer, e que levam esse trabalho de registo a um trabalho que tem repercussões, como por exemplo tornar estas técnicas e materiais relevantes na produção de objectos de hoje em vez da habitual perspectiva estática e museificante que impede a renovação e perpetuação deste conhecimento.
Nestas imagens e no restante registo associado fica visível o trabalho de tantas mãos e todo o enorme potencial que contêm.

Saber Fazer
NoussNouss






20 de Março

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Arcimboldo "Primavera"

Waldenomania [VIII]

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Mark Reigelman

Primeira aula prática de Apicultura e já sei que agora é para a vida

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Apontadores [XVI]: As ilhas desconhecidas

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Contra os cereais e rações caras : Vacas "low tech
Escalada no preço das rações preocupa produtores de leite açorianos. Os investigadores põem em causa as vacas de elevado rendimento e sugerem o regresso a animais alimentados apenas com erva.

Açores podem ser auto-suficientes na horticultura
 Na cerimónia de apresentação de um Plano Estratégico para a diversificação da agricultura na ilha do Faial, destacou a evolução dos serviços prestados pela Loja do Triângulo que comercializa e promove os produtos açorianos.

Açores e Madeira podem vir a ser “ilhas sustentáveis”
A ilha de São Miguel, no arquipélago dos Açores, poderá ser totalmente sustentável. São Miguel já produz energia geotérmica e “podia aumentar a quantidade de energia produzida”.

Embaixador norte-americano contesta possível zona livre de transgénicos nos Açores

O embaixador norte-americano apelou, por isso, a que as autoridades revejam a sua posição e permitam que os “agricultores açorianos tenham acesso à mesma tecnologia que já é usada no resto do país e do mundo”.

Açores livre de organismos geneticamente modificados
Fica proibida a cultura, sementeira, plantio ou criação, por qualquer método ou técnica, de organismos geneticamente modificados, à excepção da produção ou introdução para fins de investigação científica ou desenvolvimento tecnológico de manifesto interesse público.

Clima nos Açores aproxima-se das características mediterrânicas 
"Defendemos uma aproximação da política à investigação e experimentação para encontrar novas espécies de cultivo de milho ou gramíneas e leguminosas que constituam pastagens mais resistentes à ausência de precipitação”.

Lagoa das Furnas está melhor, mas qualidade da água vai continuar má durante anos

Eutrofização causada pela acumulação de matéria orgânica no fundo é o problema maior. O fim das pastagens e a retirada do gado da zona fez baixar os níveis de azoto e fósforo.

Carne dos Açores tem características únicas e pode prevenir doenças
"Desde logo, devido ao maneio alimentar dos animais que, pelo facto de ser suportado muito em pastagem, transmite à carne características nutricionais e funcionais e a presença de compostos que, para além do valor nutritivo, quando ingeridos pelos consumidores protegem-nos de determinado tipo de doenças".

Já há mais bovinos que humanos nas ilhas
A questão é que eles comem muito mais do que aquilo que os produtores açorianos conseguem produzir e por isso boa parte da sua alimentação é importada.

Viveiros regionais têm 500 mil plantas endémicas para ajudar a preservar a floresta
A produção dos viveiros, além da reflorestação, destina-se a “abastecer as áreas que vão ser arborizadas na Lagoa das Furnas e nas Sete Cidades com a implementação dos planos de ordenamento da bacia hidrográfica

Best and Worst Islands Rated

The archipelago was ranked second because the Azore's strong culture and healthy ecosystems are likely to last, especially since the islands' "capricious climate probably impedes the flow of tourists"

SPEA apresenta posição sobre caça nos Açores
Defende-se a suspensão da caça com munições de chumbo em sistemas aquáticos e a regulamentação da caça em áreas protegidas e de interesse para turismo de natureza. As medidas propostas, se implementadas pelo Governo, poderão colocar a região dos Açores na vanguarda da caça sustentável a nível europeu.

Bzz

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Não existe maior aliado dos agricultores do que as abelhas, ás quais estes insistem também em roubar anualmente o tesouro culinário, terapêutico e utilitário que produzem.
Por causa disto é inevitável a admiração e a necessidade de aprender a arte de as roubar e preservar, porque apesar dos serviços cruciais que oferece ao Homem este conhecimento vai recuando.

Alertado inicialmente por este vídeo do TED sobre as ameaças enfrentadas pelas colónias (com várias frentes) também fiquei a saber da estranhamente semelhante personalidade dos apicultores, que constatei ao procurar por quem me iniciasse, sem o ter conseguido.

Os apicultores têm muito gosto em partilhar informação e ver reconhecido o valor do seu trabalho, mas muitas reservas quanto a transmitir conhecimentos de forma prática, e as associações profissionais não estão suficientemente activas na formação de novos apicultores. Muitos são já idosos ou receiam o flagelo cada vez mais comum do roubo de colmeias, pelo que se tornam mais reservados.
Felizmente existe esta excelente excepção, de um apicultor que partilha bastantes pormenores e curiosidades do quotidiano da actividade mas através do seu blogue.

Mas eis que acaba a espera - a Casa da Horta no Porto, e a Paredes em Transição organizam cursos práticos de apicultura especialmente direccionados para quem vai definitivamente começar esta prática. Estou com vontade de que a pilhagem às pobres abelhas dure várias décadas, a partir de Junho deste ano. Entretanto, é melhor não me esquecer de uma das primeiras dicas que recebi: nada de braguilhas de botões, é que "se elas puderem entrar então entram de certeza". Dito sem nenhum sorriso ou indício de piada. Gulp.

(para fechar, via Luís)

Truísmos [XVI]

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I want it said of me by those who knew me best, that I always plucked a thistle and planted a flower where I thought a flower would grow. 

Abraham Lincoln

Ohrwurm [II]: Basta uma tourniquette

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Resoluções sem soluções

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Sobre a lista do ano passado constato incumprimentos e desvios, mas também estou mais perto ou mais informado em relação a coisas que pretendia fazer.

- A Apicultura ainda não se materializou, mas está perto, idem queijo
- Fiz as primeiras conservas, com sucesso e com vontade de subir o nível e intensidade
- Aumentei o número de receitas mas não encontrei a formação intermediária que pretendia
- Com horta o Vermicompostor não compensa muito
- Apercebi-me do difícil que é ter vestuário contemporâneo e local/de fibras naturais

As novas resoluções a seguir, em textos autónomos.