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"SPIN-Farming" e "Little City Gardeners" (e muitos outros...)
Escolhi agora dois exemplos de empresas de agricultura urbana nos EUA que se destacam dos dois anteriores porque foram criados de raiz para serem modelos de negócio orientados para o lucro (o primeiro caso começou como uma experiência doméstica e o segundo como instituição de apoio social).
Ambas são micro-empresas que se dedicam à produção de alimentos (sobretudo hortícolas) em modo de produção biológica (versão EUA) e estão baseados em duas mega-regiões metropolitanas dos EUA: Filadélfia com 6 milhões de habitantes e São Francisco com 8 milhões. Estes grandes mercados, combinados com a consciência crescente em relação à qualidade da alimentação, o comércio justo, o "locavorismo" e a agricultura biológica, tornam possível criar uma base rentável para estes negócios que estão a aparecer em grande número nos EUA. São apenas dois exemplos de vários.
Ambos começaram por ser negócios de jardinagem e consultoria em paisagismo e reconfiguraram-
- Instalam "Jardins Produtivos" e hortas para uso doméstico ou comercial
-Alugam locais sub-aproveitados, baldios, etc para complementarem os espaços próprios que têm, negociando compensações com os senhorios. Ex. Uma escola contrata-os para conversão de parte do espaço numa horta e o "pagamento" é feito por uma cedência de espaço num período de tempo.
-Fazem formação em horticultura intensiva, paisagismo, jardinagem, etc.
- Fazem produção de hortícolas para mercados biológicos locais, explorando nichos acessíveis a pequenos produtores como: saladas frescas pré preparadas, germinados e rebentos para saladas, plântulas para transplante, flores comestíveis, ervas aromáticas frescas, refeições crudívoras e veganas frescas pré-preparadas, alimentos para aves biológicos, sementes, etc.
A empresa SPIN Farming tem uma interessante foto-galeria no site deles. Apesar de estarem bastante dependentes de uma demografia bastante específica destas grandes cidades parece-me que existe potencial em Portugal para meios de produção semelhantes para um mercado menos restrito. Gostava de vir a saber se este tipo de actividade consegue ser competitiva com o nível de "educação alimentar" que temos, que julgo estar bastante a leste do significado político e ambiental da comida atribuído nos EUA mas que valoriza mais os seus aspectos tradicionais e autóctones.
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