"When young professionals and the socially hip raise chickens in their backyards, newspapers do articles with slideshows.When us Mexicans do it? People call code enforcement."
Esta frase retirei do espectacular ranting da Broke-Ass Grouch num artigo da revista Grist, que está cheio de troços citáveis (leitura obrigatória) e vem na sequência do facto de o movimento de neo-rurais estar tão embalado nos EUA que já se faz uma espécie de estilização do frugalismo, ou seja, uma apropriação das artes rurais por parte do mesmo fetichismo material da cultura de consumo.
Em Portugal isto não se aplica: nem as galinhas desapareceram verdadeiramente dos quintais (ainda), nem existe um movimento significativo de jovens vindo das profissões liberais a dedicarem-se a artes rurais. O "regresso à terra" já tem mais de 40 anos, mas esta última reencarnação é menos uma reacção política e espiritual do que um projecto profissional e de estilo de vida, que permita dignidade e conforto com menores requisitos económicos. Pode ser interpretado como uma reacção cultural à semana de 48 horas criada para suportar o endividamento e consumo mas isso não lhe retira legitimidade.
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